Foto:  vaniserezende.com.br

VANISE PIRES DE REZENDE

( Pernambuco – Brasil )

Reside em Recife- PE/.

Sertaneja de Custódia-PE, nasceu em 13 de abril de 1938. Fez o curso de Comunicação e Jornalismo em Roma, na Università Inter- nazionale degli Studi Sociali.  Especializou-se em Documen-tação e Direitos Humanos, no Idoc-Internacionale.

Como jornalista, trabalhou quatro anos na Rádio Vaticana (1960-1963) e, posteriormente, no Serviço de Imprensa do Concilio Vaticano II (1964).

No Blog Espaço Poese, iniciado em 2014, retomou suas atividades de jornalista: escreve e reproduz artigos ou entrevistas sobre questões contemporâneas, direitos humanos e cidadania. No blog mantém três páginas: Poesia Itinerante,  Envelhecer e Caminhos Viajantes. Em março de 2018, obteve o 1º lugar no Concurso de Literatura da Mulher Idosa, com o conto: A Surpreendente Clarissa", promovido pela Secretaria Estadual da Mulher – em parceria com Ufpe, Cepe, Fundarpe e Academia Pernambucana de Letras.

Tem dois poemas premiados e publicados na seleção de poesia brasileira da Sarau Brasil, nos anos 2016 e 2020.

Tem dois livros a serem lançados: Afagos de Ternura - seu primeiro livro de ficção - e A Surpreendente Clarissa, com diversos contos.

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Foi secretária da presidência da CNBB-NE II – nos períodos de Dom Hélder Câmara, Dom José Maria Pires e Dom Antônio Costa - (1974 a 1987). Na CNBB da Regional NE-II, fundou o SEDIPO-Serviço de Informação Popular,  para atender às organizações populares do Nordeste, no período da ditadura militar. O Sedipo fez parte das redes Iredal – Inovaciones y Rede para el Desarollo de America Latina e da Abong - Associação Brasileira das Organizações Não Governamntais. 

Após o desmanche do trabalho pastoral da CNBB NE-II (quando Dom José Cardoso assumira a presidência), foi criado o Cenap – organização civil sem fins lucrativos, de apoio aos Movimentos Populares do Nordeste - e Vanise Rezende foi designada coordenadora - (1989 /1995).

Em 1996 assumiu o cargo de assessora da presidência da Emater-PE. Na empresa, coordenou dezenas de Círculos de Educação e Cultura, no Programa "Pernambuco Convivendo com a Seca", que contou com a participação de Silk Weber, na ocasião, Secretária Estadual de Educação. Na Emater-PE  produziu 10 cartilhas ilustradas, com uma linguagem acessível aos trabalhadores rurais da região Nordeste, trazendo orientações de como enfrentar o período da estiagem. Essas cartilhas foram reproduzidas pela Sudene, para os estados atingidos pela seca no mesmo período.

A partir de 1999, iniciou sua carreira de consultora organizacional, atuando em diferentes instituições. Entre essas: UFPE – Cursos de Biologia e Curso de Medicina; Diaconia – projetos institucionais; Tearfund (Londres) – projetos apoiados no Brasil; IICA – Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – Projeto da Barragem de Itaparica; MPPE – Ministério Público de Pernambuco, na presidência; Secretarias de Educação da Prefeitura do Recife e do Estado de Alagoas; e  Associação Mundo Unido – AMA, avaliando o projeto do Assentamento de Branquinha, em Alagoas.

Em 2004, após concurso público, atuou como consultora do  Ministério da Educação no Programa Escola Integral, junto a mais de vinte Secretarias de Educação da Região Metropolitana do Recife (2004/2008). Em seguida, atuou como membro da presidência da Anpecom - Associação Nacional por uma Economia de Comunhão (EdC) e, mais tarde, como articuladora da EdC na Região Nordeste, movimento ao qual continua ligada.

A seguir, o poema com o qual ganhou a

7ª Colocação no PRÊMIO SARAU / BRASIL 2016:

ANTOLOGIA POÉTICA.  Sarau Brasil 2016. Concurso Nacional de Novos Poetas.  Organização e apresentação Isaac Almeida Ramos.   Cabedelo, Paraíba: VIVARA Editora Nacional, 2016.  (Série Novos
Poetas no. 19.   446 p.    ISBN 978-85-920158-2-1
Ex. bibl. Antonio Miranda

A dor do mundo

De tanta dor no mundo espraiada
Dos abalos infames, traiçoeiros,
De aleatórias mortes provocadas
Ventania do ódio em nevoeiros...

De tanta falta de serenidade
Da infame lei de revidar no engodo,
Na guerra, na cegueira e na maldade,
Que a violência traz ao mundo todo...

Essa vontade de abraçar os tristes
Frente à guerra, ao terro, ao gesto insano,
Nessa dor que se espalha sem limites...

De tantos ais e tantos desenganos,
Este desejo meu, essa vontade,
De revidar com gestos mais humanos!

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Página publicada em janeiro de 2022